Piloto da Williams fecha 6ª-feira em 5º mesmo sem participar da primeira sessão do GP da Europa Bruno Senna conquistou nesta sexta-feira o seu melhor resultado em treinos livres desde que estreou na Fórmula 1 em 2010. Mesmo sem participar da primeira parte dos ensaios que abriram a programação do GP da Europa, já que seu carro foi novamente utilizado pelo piloto de testes Valtteri Bottas, Bruno terminou a 6ª-feira com o 5º melhor tempo no circuito urbano de Valência, a apenas 310 milésimos de segundo do alemão Sebastian Vettel, o mais rápido no geral das duas sessões.

O desempenho de Bruno chamou a atenção pela rapidez com que se readaptou ao traçado montado da região do porto da cidade espanhola e pelo qual passara pela última vez há dois anos com a frágil HRT. Num dia marcado pelas inúmeras saídas de pista, provocadas tanto pela habitual sujeira do primeiro dia de uso do asfalto como pelas conhecidas exigências do circuito em relação aos freios, Bruno praticamente não cometeu erros e imprimiu de cara um ritmo similar ao do companheiro Pastor Maldonado, que dominara os treinos matinais.

O boa arrancada confirmou a expectativa positiva do brasileiro. "Desde a última corrida demos passos importantes no sentido de compreender o que poderia aumentar a competitividade do nosso carro", disse Bruno, que vinha de uma etapa decepcionante da equipe no GP do Canadá. "Pela manhã, Pastor mostrou que a Williams está no jogo e depois eu pude continuar o trabalho de ajustes no acerto para o fim de semana. Não foi fácil, porque esta pista tem muitas curvinhas chatas e eu ainda precisava me entender com o carro, principalmente no segundo setor", acrescentou.

Bruno abriu mão da primeira sessão de Valência e optou por trocar com o finlandês Bottas no Canadá, onde participou de toda a programação. "Achei que valia a pena porque conheço melhor esta pista, onde deixei de ganhar uma corrida na GP2 porque faltou gasolina na última volta", lembrou. "Embora de rua, esta pista é bastante veloz. Fomos mexendo no acerto, optamos por deixar o carro mais duro, aumentar a pressão aerodinâmica e focar também na estabilidade das freadas em curvas de baixa", explicou. "Hoje tudo funcionou bem e deu para mostrar meu potencial. Agora, vamos ver se conseguimos manter este nível de performance, tanto minha quanto do carro", concluiu.



Márcio Fonseca