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Out Of Brazil – Auto GP: Sirotkin e Quaife-Hobbs vencem e etapa de Valência

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Victor Guerin fez duas grandes corridas na Espanha, que viu a boa estréia de Yann Cunha na categoria. Quaife-Hobbs lidera o campeonato de pilotos e a SuperNova (de Guerin e Quaife-Hobbs) o campeonato de equipes.

A Auto GP Word Series aportou no ultimo final de semana (31/03 e 01/04) no circuito Ricardo Tormo, em Valência (Espanha), para a realização de sua segunda etapa da temporada 2012. A categoria que utiliza um dos mais belos monopostos da atualidade, o Lola B05/52, empurrado pelo potentíssimo motor Zytek V8 de 3,4 litros e capaz de entregar 550 CV. Um verdadeiro petardo, só mais lento que os carros da F1 e da GP2.

Além da F1, a Auto GP é a única categoria de monolugares que terá em 2012 suas provas disputadas em três continentes, com corridas na Europa, África (Marrakech), Brasil (Curitiba) e EUA (Sonoma).

No grid dois botas “Made in Brazil”: O paulista Victor Guerin, que “subiu” da F3 Italiana e está no cockpit do #11 da equipe britânica SuperNova International – comandada por David Sears – e, a partir desta segunda etapa, o brasiliense Yann Cunha, que “sobe” da competitivíssima F3 Inglesa e ocupará o cockpit do #23 da italiana Ombra Racing.

O formato do campeonato é de duas provas por etapa, uma no sábado e outra no domingo, com o grid formado pela ordem de chegada da prova do sábado, mas inversão dos oito primeiros. O evento é, sempre, em conjunto com o WTCC (World Touring Car Championship), o Campeonato Mundial de Carros de Turismo.

Como foi a Race 1 em Valência

Com apenas 16 anos de idade, Sergey Sirotkin se tornou o mais jovem vencedor de corridas da história Auto GP, ao faturar a Race 1 da rodada dupla da categoria em Valencia.

Único piloto do grid que optou largar com um jogo de pneus médios (o restante do grid preferiu utilizar pneus macios usados), Sirotkin utilizou todo o grip de que dispunha para fazer uma grande largada e superar o pole position Adrian Quaife-Hobbs. O britânico acelerou fundo para tentar permanecer próximo do Campeão Europeu de 2011 da Formula Abarth, mas o ritmo de Sirotkin nas primeiras voltas era impossível de ser acompanhado e, na volta 7, o veloz russo já havia construído uma vantagem de mais de 4 segundos.

Focado em ao menos dar muito trabalho ao adversário, Quaife-Hobbs conseguiu diminuir a distancia de 4s5 para 1s5, com duas voltas voadoras e um grande pit-stop da equipe SuperNova, quando ambos pilotos pararam para trocar os pneus na décima terceira passagem. Mas foi um trabalho em vão, já que Sirotkin parecia estar fora de alcance e com um ritmo alucinante foi abrindo vantagem volta a volta.

Para dar um molho especial nessa “briga de gato e rato”: A quatro voltas do final, pouco depois de fazer a parada obrigatória para a troca de dois pneus e reassumir a terceira colocação, o brasileiro Victor Guerin foi traído pela pane do V8 da Zytek, rodou no óleo que jorrou na pista e parou na caixa de brita. Vários carros que vinham atrás rodaram e bateram, com o italiano Matteo Beretta ficando preso na zebra ao lado do piloto paulista e provocando a entrada do safety car, o que fez desaparecer a vantagem de Sirotkin. A relargada foi dada com apenas uma volta para a bandeira a quadros, mas o russo voltou a mandar o sapato e a abrir vantagem sobre Quaife-Hobbs, que teve de se contentar com a segunda colocação.

Adrian Quaife-Hobbs deixou claro em seu rosto o descontentamento com o resultado ao final da corrida. Com a pole position e dupla vitória na primeira etapa em Monza, o piloto da Super Nova tinha como certa mais uma vitória. Mas, ao menos podia comemorar o fato de ter ampliado sua vantagem na tabela de pontos para Pål Varhaug. O norueguês da Virtuosi UK ficou com o terceiro posto – que seria de Guerin -, garantindo uma das vagas no pódio, após uma boa largada e uma corajosa ultrapassagem por fora sobre o argentino Facundo Regalia na volta 13 da corrida. Varhaug fez sua parada de pit-stop uma volta antes do que o piloto da Campos Racing e, com isso, conseguiu a vantagem de contar com pneus mais aquecidos e diminuindo a distancia para dar o bote na ultima curva do circuito, com o botão de overboost apertado e batendo rodas com o argentino na disputa alongada de freada. Belíssima manobra, que lhe rendeu a manutenção da P3 até a bandeira quadriculada.

Regalia vinha em uma prova consistente até aquele momento, mas o problema no motor do carro de Victor Guerin também teve seu efeito negativo na prova do argentino, que foi um dos que derraparam no óleo deixado pelo motor do carro do brasileiro e acabou caindo para a P7, em que finalizou a corrida. O mesmo aconteceu poucos segundos depois com seu companheiro de equipe Max Snegirev, o que significa dizer que para a equipe comandada pelo ex-piloto de F1 Adrian Campos Corrida essa não foi uma prova de muita sorte.

Foi Daniel de Jong, quem acabou herdando o quarto lugar e conquistar um grande resultado após largar na P10 do grid. Depois de uma boa largada Jong já era o sétimo no final da primeira volta, após travar bela batalha pela posição com seu companheiro de equipe Chris Van der Drift. O piloto da Manor MP Motorsport foi o primeiro a entrar no pit para a troca de pneus, ainda na volta 5, o que se mostrou ter sido uma boa estratégia, pois com a pista livre pode fazer uma grande seqüência de voltas rápidas, que o levaram ao bom resultado final na corrida.

O campeão da F3 italiana, Sergio Campana, também teve uma boa corrida, terminando em quinto, à frente de Van der Drift, Regalia, Snegirev e Antonio Spavone. Mais uma vez entre os dez primeiros a mostrando uma corrida consistente. O último ponto disponível ficou para o estreante Sten Pentus. O estoniano da equipe Virtuosi UK largou na P15 do grid e também optou por uma estratégia de antecipação do pit stop, rendendo pista livre pela frente e a possibilidade de finalizar na décima colocação.

Mas não se pode deixar de destacar outra boa estréia. O brasileiro Yann Cunha assumiu o cockpit do #23 da equipe italiana Ombra Racing, comandada por Massimo Pollini. Campeão da F3 Sul-Americana em 2010, o piloto de Brasília enfrentou no final de semana no circuito espanhol em sua primeira corrida em um carro de alta potencia – os carros da Auto GP contam com cavalaria de 540hp -, mas apesar disso já mostrou um desempenho muito consistente.

Depois de se qualificar fora do top tem para a Race 1, Yann disputava a oitava posição da prova quando foi uma das vítimas do óleo deixado pelo carro de Victor Guerin. Para não bater, Yann foi para a grama, perdendo muito tempo e terminando em décimo terceiro lugar. “Foi realmente uma falta de sorte. Havia tanto óleo na pista que eu não pude fazer nada que não fosse evitar bater nos carros que tinham rodado. Consegui isso, mas acabei na grama fora da pista e até voltar perdi muito tempo. Foi uma pena, porque até aquele momento, a minha corrida era boa: Larguei bem, subindo de décimo nono, para o oitavo lugar e vinha seguindo Snegirev e Van der Drift sem muita dificuldade. Analisando as posições em que chegaram, acredito que o sétimo posto estava ao meu alcance”, disse ao final do dia Yann Cunha.

“Até agora minha experiência com carros de grande potência estava limitada à Fórmula Renault 3.5, mas são carros muito diferentes. Nesta categoria você realmente pode sentir a potencia, o que é bom, mas ao mesmo tempo um carro muito difícil porque quando você pilota no limite (o carro) se mexe muito. Gosto disso, mas ainda preciso de mais tempo para poder aproveitar melhor. Sinceramente, não vejo a hora de pilotar em Marrakech. O baixo nível de grip do circuito de rua será um verdadeiro desafio e será uma boa experiência para minhas experiências futuras em Mônaco”, concluiu Cunha, descrevendo com é andar em um monoposto apenas “mais lento” que um F1 e que anda muito próximo ao desempenho da GP2.

O que disseram os protagonistas da prova:

“Definitivamente, eu consegui ser rápido fora do bolo. E é isso que eu queria, porque com a pista livre na minha frente eu pude realmente tirar o máximo em ritmo de corrida e de meus pneus. Eu me afastei facilmente e tenho que agradecer à equipe por decidir colocar o novo jogo de médios: o pneu macio é mais rápido por apenas algumas voltas, mas o composto médio é o mais consistente e até mesmo no final da corrida o carro ainda estava fácil de pilotar”, disse o vencedor Sergey Sirotkin.

“Eu realmente acredito que a chave da corrida eram os pneus. Era para eu sair com um jogo novo de composto médio, mas depois vimos que todos, incluindo Sergey, estavam com pneus macios usados”, disse logo após a prova e ainda frustrado com o resultado, o britânico Adrian Quaife-Hobbs. “Como ontem eu estava mais rápido que os outros concorrentes em todas as condições, decidimos ser um pouco conservadores e fazer o que os outros estavam fazendo, e assim nós mudamos para os softs pouco antes de ir para o grid. Infelizmente, ao mesmo tempo a Euronova trocou os pneus de Sirotkin por um jogo novo de composto médio, e por isso tive pneus diferentes. Acho que os pneus novos foram o fator decisivo da corrida, porque ele tinha muito mais aderência mais do que eu na largada e nas primeiras voltas, e é isso que fez a diferença”, prosseguiu, detalhando as estratégias com as “gommas”.

“Conseguimos reduzir a vantagem no pit-stop, quando nossa equipe fez um bom trabalho e minha entrada e saída de box foi muito rápida, mas hoje, com esta temperatura, os pneus macios estavam desgastando muito rapidamente, pelo que não tive uma chance real de lutar. Os pneus traseiros eram usados, assim, na última volta eu também estava lutando com o carro, que estava escorregando muito. Atacar Sergey naquelas condições não era possível. Obviamente estou frustrado porque eu estava largando na pole e ontem eu estava muito mais rápido do que todo mundo, mas o resultado ainda é bom para o campeonato e isso é ótimo”, concluiu Adrian.

“Eu tinha feito meu pit-stop uma volta antes do que Regalia, então ele estava com pneus frios, enquanto eu já vinha com os meus mais aquecidos e tinha que aproveitar ao máximo essa vantagem. Nós já estávamos próximos quando ele saiu dos boxes, e uma volta depois eu estava em sua asa traseira: na reta principal só fiz meu movimento e escolhi o lado externo porque eu já corri aqui antes e sei que se você for para o lado interno, o espaço na primeira curva em seguida fica muito apertado e bater é muito fácil. Em vez disso, forçando-o a ficar pelo lado interno, ele teve de frear antes, o que facilitou fazer o meu trabalho”, esclareceu o norueguês Pål Varhaug, terceiro colocado na prova após belíssima ultrapassagem por fora sobre o argentino Facu Regalia.



Meu engenheiro teve de voar para casa por causa de uma emergência familiar, e por isso tivemos de fazer uma mudança no meio do evento, o que também não foi fácil de lidar, pois em um cenário competitivo tudo conta”.

“Estou chateado, claro, mas ao mesmo tempo contente com minha corrida porque sei que fiz o máximo que podia. O que aconteceu não é algo normal. O motor explodiu sem aviso e sofreu até um princípio de incêndio. Os técnicos da Zytek ficaram preocupados e vieram conversar comigo para tentar entender a causa. Será muito complicado largar lá de trás”, detalhou sobre a quebra do propulsor Victor Guerin, lembrando que o prejuízo não foi apenas nesta prova, mas também com reflexos na corrida do domingo.

 

Quaife-Hobbs venceu a Race 2, com show de Victor Guerin

Adrian Quaife-Hobbs venceu a corrida de domingo do fim de semana da Auto GP em Valência, após escalar o pelotão a partir da P7 do grid. O líder do campeonato construiu sua vitória a partir de uma grande largada, que lhe permitiu saltar para o terceiro posto já antes da primeira curva, bem como de uma estratégia de pit-stop antecipada, escolhida pela equipe SuperNova, que significou poder tirar o máximo de seu carro em uma pista sem tráfego.

Com uma desvantagem de 36 segundos para o líder no momento em que saiu do pit na volta cinco, Quaife-Hobbs começou a descontar mais de um segundo por volta, e quando já todos tinham feito sua troca de pneus obrigatória, encontrou-se já com uma incrível vantagem se sete segundos sobre o argentino Facundo Regalia, para consolidar a impressionante vitória.

A primeira parte da corrida foi liderada por Sergio Campana. O italiano fez uma largada impressionante de segunda linha, mas oposto à tática da SuperNova, sua equipe MLR71 optou por uma tática de pit-stop no final da corrida, o que obrigou o campeão italiano de F3 enfrentar pneus desgastados por muito tempo. Para complicar um pouco mais, Sergio errou no pit, passando direto o box de sua equipe, o que lhe custou segundos preciosos. Recebeu a checkered flag apenas na nona colocação.

Em uma corrida em qual a troca de pneus antecipada parecia ser a chave para um bom resultado, Facu Regalia e a casa da equipe Campos Racing colocaram no pote um ótimo segundo lugar originado em uma grande prova de recuperação. O argentino não largou bem e perdeu a vantagem de estar na primeira fila, caindo para a sexta posição, mas Adrian Campos e os competentes membros da equipe espanhola alteraram rapidamente a estratégia, chamando-o para seu pit-stop na volta de numero seis. Depois da mudança de pneus o ritmo de Facu era constantemente na casa de 1m25 alto, ou 1m26 baixo, o que lhe permitiu superar a maior parte de sues concorrentes, quando esses entraram nos pits.

O vencedor de sábado, Sergey Sirotkin, tomou a última vaga do pódio ao final de uma corrida memorável. Nas primeiras voltas esteve em combate direto com Quaife-Hobbs e quando o britânico decidiu ir para o pit, na volta cinco, Sergey seguiu o concorrente para o pit-lane para que não houvesse nenhuma diferença entre os dois. Mas a equipe Euronova teve um problema com uma das pistolas pneumáticas e Sirotkin perdeu seis segundos parado. Na saída dos boxes outro problema: Sirotkin pegou intenso trafego de carros mais lentos e acabou perdendo ainda mais tempo. Estava irremediavelmente perdida a chance de repetir a vitória do dia anterior, mas com um train de corrida alucinante, Sergey conseguiu recuperar posições até fixar-se no terceiro lugar, registrando também a volta mais rápida da corrida.

Na verdade, Sirotkin garantiu seu lugar no pódio com um arrojado “passão” em Daniel de Jong restando quatro voltas para o final, o que significa que o holandês da MP Motorsport levou para casa o troféu de um bom quarto lugar, levando ainda em conta que Jong foi o único que conquistou um bom resultado com a estratégia de parada tardia para troca de pneus.

Outra performance que chamou (muito) a atenção foi a do brasileiro Victor Guerin, que terminou a corrida em quinto, após largar na P16 do grid! O rebento de Dennis Guerin deixou todo mundo de boca aberta ao superar nada menos que seis carros ainda na primeira volta e com uma tocada magistral – mostrando sangue e cabeça fria – passou a traçar suas voltas no mesmo ritmo que seu companheiro de equipe Quaife-Hobbs. Como resultado, “Vitão” trouxe para sua equipe preciosos pontos, que permitiram à SuperNova assumir a liderança do campeonato de equipes e um largo sorriso de satisfação estampado no rosto de David Sears.

Max Snegirev ficou com o sexto lugar final, após ocupar o segundo posto com consistência na primeira parte da corrida. Snegirev completou a corrida com apenas meio segundo de vantagem sobre Chris Van der Drift, que ficou com o sétimo. A oitava colocação ficou para um Pål Varhaug decepcionado, à frente de Campana e com Sten Pentus fechando o top ten.

Yann Cunha, que no sábado tinha feito uma ótima estréia na auto GP, teve problemas e não completou a corrida.

O que disseram os protagonistas da prova:

“Eu e minha equipe não esperávamos já estar em terceiro na primeira curva, mas eu fiz uma boa largada, o que foi fundamental. Optamos por largar com pneus usados e por isso mesmo é que minha posição era melhor que o esperado e mantive minha pré-estratégia de corrida. Como eu estava segurando todo mundo, não ia demorar alguém começar a tentar fazer uma ultrapassagem, então eu entrei como planejado. Depois disso tive pista limpa pela frente e me diverti em acelerar o tempo todo, como em uma tomada de qualificação”, contou o sorridente vencedor, Adrian Quaife-Hobbs.

Perguntado se sua equipe o mantinha informado do andamento da corrida, Adrian esclareceu: “Realmente não. Meu único pensamento foi acelerar o máximo que podia, sabendo o que os outros estavam fazendo não teria como mudar isso, então não havia nenhum ponto que justificasse me manter atualizado. Obviamente, eles me informaram quando eu já era o P1, e devo dizer que isso é mais do que estávamos esperando. Nós sabíamos que um pódio era possível, mas a vitória foi uma surpresa bem-vinda".

Segundo colocado na prova, Facu Regalia contou como foi sua corrida: “A largada foi realmente terrível, talvez eu estivesse focando demais em ultrapassar meu companheiro de equipe Snegirev que largava na pole e eu quase fiquei parado. Foi uma pena porque eu realmente tinha uma chance de vencer e em vez disso, estava em sexto no final da primeira volta. Felizmente meu time tem o direito de definir a estratégia e me chamou na volta 6. A partir de então o ritmo era bom, mas obviamente, por parar tão cedo meus pneus começaram a sofrer um pouco nas últimas voltas. Eu tive que olhar para Sirotkin nos espelhos, mas consegui controlar a diferença muito facilmente”.

Houve muito entusiasmo para Regalia em Valência, até com uma grande bandeira Argentina nas arquibancadas. “É um sentimento muito bom. Eu sei que para Adrian e os rapazes esta era um corrida muito especial, então eu realmente queria lhes dar um grande resultado. Para mim também é importante porque toda a minha família estava aqui neste fim de semana, juntamente com os meus queridos amigos, e, então, eu realmente me senti em casa. Estou apenas um pouco decepcionado porque eu queria lhes dar uma vitória e eu tive a chance de alcançá-la", explicou o argentino, acerca de seus sentimentos depois de dar um lugar no pódio a Campos Racing, o time da casa em Valência.

O russo Sergey Sirotkin também estava exultante com o pódio conquistado: “Sinto que finalmente posso relaxar! Foi um fim de semana difícil, mas indo para casa com uma vitória e um terceiro lugar é ótimo! Assim mesmo eu poderia ter sido ainda melhor: hoje estava com a mesma estratégia que Adrian, planejamos parar na volta 5 também e fizemos isso. De qualquer forma, tivemos um problema no pit-stop, e eu realmente perdi muito tempo. Para piorar as coisas, eu também fiquei preso no tráfego. Encontrei carros mais lentos nos lugares errados e perdi muito tempo por duas voltas”, disse Sergey Sirotkin, após participar de cinco corridas e sete práticas em três dias, já que também competiu na F3.

Com a parada antecipada para troca de pneus a expectativa era de que o piloto russo tivesse problemas com seus pneus no final da prova. Em vez disso, Sirotkin conseguiu passar de Jong e colocar pressão sobre Facu Regalia: "Eu falei sobre isso com a equipe antes da corrida, sabíamos que parar na quinta volta significaria pedir a um grande esforço para os pneus, especialmente os traseiros. Assim, mesmo se eu estivesse acelerando forte, tentei cuidar deles tanto quanto pude. Valeu a pena, porque no final da corrida, eu tinha muito mais aderência do que meus rivais", esclareceu Sergey.



Não deu pódio, mas certamente o paulista Victor Guerin foi um dos grandes protagonistas dessa corrida. Embora paulista, Vitor mostrou em termos práticos aos europeus o significado da expressão nordestina “Cabra Macho!”: “Quando você sai lá de trás, tem mais chances de mostrar o seu potencial. Foi o que fiz nesta corrida. Acertamos na estratégia, o carro estava muito bom e consegui fazer muitas ultrapassagens”, comemorou, contente com os oito pontos somados. “Eles serão importantes para o campeonato de equipes que existe aqui na Auto GP. Se não fosse pela quebra do meu motor no sábado, teríamos saído como a equipe com maior número de pontos. Hoje, por precaução, corremos com outros motores, porque os da primeira prova estavam já perto do limite de quilometragem e os técnicos da Zytek acharam melhor não arriscar”, disse Guerin.

A próxima etapa da Auto GP World Series está marcada para acontecer nos dias 14 e 15 de abril, em Marrakesh, no Marrocos.

 

Confira os resultados da Auto GP em Valencia:

Race 1
1.- Sergey SIROTKIN (Euronova Racing), com 21 voltas em 32m49s721 (média 153.71 kph)
2.- Adrian QUAIFE-HOBBS (Super Nova International), +0.969
3.- Pal VARHAUG (Virtuosi UK), +3.374
4.- Daniel DE JONG (Manor MP Motorsport), +4.831
5.- Sergio CAMPANA (MLR 71), +5.731
6.- Chris VAN DER DRIFT (Manor MP Motorsport), +6.325
7.- Facu REGALIA (Campos Racing), +7.301
8.- Max SNEGIREV (Campos Racing), +7.967
9.- Antonio SPAVONE (Euronova Racing), +8.300
10.- Sten PENTUS (Virtuosi UK), +9.077
11.- Giancarlo SERENELLI (Ombra Racing), +9.965
12.- Giuseppe CIPRIANI (Campos Racing), +10.705
13.- Yann CUNHA (Ombra Racing), +11.225
14.- Michele LA ROSA (MLR 71), +1 LAP
15.- Peter MILAVEC (Zele Racing), +1 LAP
16.- Victor GUERIN (Super Nova International), +5 LAPS
17.- Matteo BERETTA (Zele Racing), +5 LAPS
Volta mais rápida: 17ª volta por Sergey Sirotkin em 1m25s340, média 168,94 kph

Race 2
1.- Adrian QUAIFE-HOBBS (SuperNova International), com 21 voltas em 30m55s874 (média de 163.14 kph)
2.- Facu REGALIA (Campos Racing), +5.496
3.- Sergey SIROTKIN (Euronova Racing), +5.652
4.- Daniel DE JONG (Manor MP Motorsport), +7.605
5.- Victor GUERIN (Super Nova International), +8.894
6.- Max SNEGIREV (Campos Racing), +17.292
7.- Chris VAN DER DRIFT (Manor MP Motorsport), +17.776
8.- Pål VARHAUG (Virtuosi UK), +19.039
9.- Sergio CAMPANA (MLR 71), +20.288
10.- Sten PENTUS (Virtuosi UK), +26.112
11.- Antonio SPAVONE (Euronova Racing), +28.374
12.- Giancarlo SERENELLI (Ombra Racing), +41.213
13.- Matteo BERETTA (Zele Racing), +44.232
14.- Giuseppe CIPRIANI (Campos Racing), +44.952
15.- Michele LA ROSA (MLR 71), +1 LAP
16.- Peter MILAVEC (Zele Racing), +1 LAP
NC.- Yann CUNHA (Ombra Racing)
Melhor Volta: Na volta 7 - Sergey Sirotkin, com 1m25s390, em média de 168.84 kph.

Prêmio em dinheiro:

1. Sergey Sirotkin e Adrian Quaife-Hobbs (39 pontos), 15.000 € cada
3. Daniel de Jong (22 pontos); 5.000 €.

Campeonato de Pilotos:

1. Quaife-Hobbs 77
2. Varhaug 56
3. Sirotkin 51
4. Van der Drift e De Jong 37
6. Regalia 35
7. Snegirev 22
8. Spavone 14
9. Campana 13
10. Guerin e Ricci 8
12. Serenelli 5
13. Fong 4
14. Pentus 2
15. Cipriani 1

Classificação Menos de 21 Anos:

1. Quaife-Hobbs, 80
2. Sirotkin, 61
3. Varhaug, 59
4. Regalia, 45
5. De Jong, 37
6. Spavone, 32
7. Guerin, 24
8. Beretta, 9
10. Cunha, 6

Classificações Equipes:

1. SuperNova International 85
2. Manor MP Motorsport 74
3. Euronova Racing 65
4. Virtuosi UK 58
5. Campos Racing 57
6. MLR71 13
7. Ombra Racing 9
8. Zele Racing 8

 

 

 

 

 

 

 

 

Última atualização ( Qua, 04 de Abril de 2012 09:21 )  

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