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Regional - Copa Engebras: Excesso de veículos causa trânsito intenso na região de Interlagos

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O título da matéria parece notícia daquela rádio que só fala sobre o trânsito em São Paulo, mas na verdade é o que aconteceu em Interlagos, no último final de semana.

O Campeonato Paulista de Marcas e Pilotos, neste ano batizado de Copa Engebrás de Marcas e Pilotos, superou novamente o próprio recorde e reuniu 65 carros para a quarta etapa do certame. O problema é que a pista não comporta isso tudo. Entenda por quê.

A CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo) publica anualmente um documento chamado CDA (Código Desportivo do Automobilismo), que define as normas gerais que devem ser seguidas por promotores e Federações estaduais para a realização das competições. Neste código é definido o limite de carros no grid de largada das categorias, através de parâmetros como o número de voltas, o tipo de carro, largura e comprimento da pista.

Parece complicado, mas não é, pois existe uma fórmula para fazer o cálculo, e parâmetros onde os autódromos e categorias se encaixam. Veja abaixo a transcrição do Anexo II do CDA 2011, que trata do assunto:

CAPÍTULO II – NO NÚMERO MÁXIMO DE VEÍCULOS EM PROVAS NACIONAIS

Art. 2º - O número máximo de veículos admitidos em provas nacionais obedecerá à seguinte fórmula:

N = 0,36 x L x W x T x G, onde:
a) “N” = corresponde ao número de veículos admitidos.
b) “L” = coeficiente do comprimento do circuito, determinado pelo quadro I abaixo.
c) “W” = coeficiente da largura mínima do circuito, determinado pelo quadro II abaixo.
d) “T” = coeficiente dependente do tempo de prova, determinado pelo quadro III abaixo.
e) “G” – coeficiente dependente dos grupos de carros que participarão da prova.

I – Tabela I – Coeficiente “L” – Comprimento do Circuito
a) Até 2 km = 9
b) De 2 a 2,6 km = 10
c) De 2,6 a 3,2 km = 11
d) De 3,2 a 3,8 km = 12
e) De 3,8 a 4,4 km = 13
f) De 4,4 a 4,8 km = 14
g) De 4,8 a 5,2 km = 15
h) De 5,2 a 5,6 km = 16
i) De 5,6 a 6 km = 17
j) De 6 a 8 km = 18
k) Acima de 8 km = 20

II – Tabela II – Coeficiente “W” – Largura mínima do Circuito
a) De 8 (medida mínima autorizada) a 9 metros = 9
b) De 10 a 12 metros = 9
c) De 13 metros = 11,5
d) De 14 metros = 12
e) De 15 metros (medida máxima autorizada) = 12,5

III – Tabela III – Coeficiente “T” – Tempo de duração da prova
a) Até 1 hora = 1
b) De 1 a 2 horas = 1,15
c) De 2 a 4 horas = 1,25
d) De 4 a 12 horas = 1,4
e) Acima de 12 horas = 1,5

IV – Tabela IV – Coeficiente “G” – Categoria de carros
a) Grupos N, A, B, GT e veículos históricos de Turismo e GT = 1,0
b) Veículos Sport bipostos e monopostos até 2.000 cc e outros veículos históricos = 0,80
c) Veículos Sport bipostos com mais de 2.000 cc = 0,70
d) Veículos monopostos com mais de 2.000 cc = 0,60
e) No caso de prova com mais de uma categoria de veículos, o mais baixo coeficiente será usado.


A FASP (Federação de Automobilismo de São Paulo) fez o cálculo, e o número limite para a Copa Engerás é 62 carros no grid. Assim, a organização do evento ficou com um problema nas mãos, e tinha duas alternativas: separar a classe Novato das demais (Super e Light) em provas separadas, ou manter todas as classes juntas, mas impor o limite de carros através do critério de performance, eliminando os competidores com os piores tempos na classificação.

A decisão não agradou a todos, mas foi implementada a solução da performance, com uma regra onde os 55 primeiros carros classificados após a consolidação das tomadas de tempos estariam automaticamente dentro do grid, e os restantes fariam uma prova de 10 voltas, logo após as tomadas, para definir as últimas 7 vagas.

Definido o grid, a categoria fez suas duas provas no domingo (29). Na primeira delas, o catarinense Cristian Mohr largou na pole, perdeu a primeira posição para Ricardo Sargo, mas em seguida recuperou-se e liderou o restante da prova. Sargo, que é da classe Light, surpreendeu e manteve-se próximo a Mohr durante toda a corrida. Ambos distanciaram-se bastante dos demais competidores.

A segunda prova teve diversos acidentes, que provocaram a entrada do carro de segurança por duas vezes, além da entrada programada que ocorre na metade da prova. A última intervenção do Safety Car foi nas voltas finais da bateria e marcou a vitória do mineiro Wilton Pena, que voltou a vencer no campeonato, tornando-se o único piloto da classe Super com três vitórias nessa temporada.

Confira os seis primeiros colocados de cada classe, nas duas baterias:

PRIMEIRA PROVA:

SUPER
1) Cristian Mohr
2) Vicente Passarelli
3) Claudio Roscoe
4) Michelle Jesus
5) Max Costa
6) José Spada Jr

LIGHT
1) Ricardo Sargo
2) Eduardo Gontijo
3) Bernardo Mattos
4) Alexandre Souza
5) Lamartine Pinotti
6) Flavio Paiva

NOVATOS
1) Marcio Philippi
2) Jefferson Gomes
3) Jorge Tamake Jr
4) Marcio Lambert
5) Eber Gomes
6) Maique Papareli

SEGUNDA PROVA:

SUPER
1) Wilton Pena
2) Claudio Roscoe
3) Cristian Mohr
4) Caio Clemente
5) Helio Saraiva Jr
6) Edgard Amaral

LIGHT
1) Fábio França
2) Bernardo Mattos
3) Lamartine Pinotti
4) Flavio Paiva
5) Ricardo Pinto
6) Marcelo Perillo

NOVATOS
1) Eliel Gomes
2) Marcio Philippi
3) Jorge Tamake Jr
4) Rodrigo Hernandez
5) Maique Papareli
6) Jefferson Gomes

 

 

Última atualização ( Sáb, 04 de Junho de 2011 10:17 )  

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