Você está Aqui: Início

Internacional – Hildebrand escorrega na baba e Wheldon leva a 500 Milhas

E-mail Imprimir PDF

( 3 Votos )

A edição centenária da 500 Milhas de Indianápolis lavou a alma da frustração de quem assistiu o GP de Mônaco de F1 pela manhã

J.R. Hildebrand fez tudo certinho. Andou bem a prova toda, aproveitou corretamente as entradas em bandeira amarela, foi ajustando o carro para o sprint final e faltando apenas duas voltas para a checkered flag, ultrapassou o escocês Dario Franchitti – curiosamente primo de Paul Di Resta, um dos protagonistas da cena de pastelão nas voltas finais em Mônaco – e assumiu a liderança da 500 Milhas de Indianápolis, com a entrada nos boxes para um rápido "splash and go" do líder Bertand Baguette.

Bandeira branca apresentada – sinalizando o inicio da volta final – com Hildebrand voando pelo circuito oval mais antigo do mundo e, claro, a equipe Panther Racing já começava a festejar no box a vitória do “rookie” (J.R. fazia sua primeira apresentação em 500 Milhas nesta edição). Certamente, dentro do cockpit o norte-americano regozijava-se, pois seria o primeiro “nativo” a vencer a prova mais famosa do planeta desde 2004, quando Buddy Rice da equipe Rahal Letterman garantiu seu rosto estampado no Troféu Borg-Warner.

Também certamente a baba foi excessiva dentro do cockpit do carro #4 National Guard, pois já olhando para a bandeira a quadros erguida nas mãos do Diretor de Provas, J.R. “escorregou na baba” ao tentar ultrapassar por fora um retardatário na curva final, perdeu a frente do carro e foi diretinho para o muro na saída da Curva 4!

Nem mesmo Janete Clair criaria um enredo final desses e, agradecido, o britânico Dan Whealdon - já conformado pela segunda posição final – cruzou a linha final em primeiro, levando a surpreendente vitória da 500 Milhas de Indianápolis. Se Franchitti é primo de Paul Di Resta, Wheldon deve ser primo de Gastão, o personagem da Disney - que por sua vez é primo do pato Donald - e dono de uma sorte que o faz vencer até o que não está concorrendo.

Com a sucata do #4, o californiano de Sausalito ainda recebeu a bandeirada final na segunda posição, à frente de Graham Rahal, que ficou com a terceira posição.

 

Os brasileiros

Tony Kanaan fez mais uma prova soberba em Indianápolis. Largando da 22ª posição Tony progrediu rapidamente, até chegar a ocupar a sétima posição, mas uma bandeira amarela acabou jogando-o de novo para o fundo do pelotão e a obrigação de partir para uma prova de recuperação. Com um carro bem acertado, Kanaan era um dos mais rápidos na pista e após várias ultrapassagens já estava outra vez entre os dez primeiros. Nova yellow flag na hora errada e lá foi Tony Kanaan para a décima oitava posição...

Sem desanimar um instante, o baiano manteve o pé embaixo e foi fazendo fila. Outra bandeira amarela e, desta vez, Kanaan não teve prejuízo, permanecendo entre os primeiros. Restavam menos de trinta voltas para o final da corrida e Tony era o terceiro, atrás de Graham Rahal e Dixon, que liderava a corrida. Tony ultrapassou Rahal, assumindo a segunda posição e partindo para o ataque sobre Dixon, mas duas voltas depois Rahal deu o troco recuperou a vice-liderança da corrida. A prova entrava em suas voltas finais e o combustível dos lideres também. O trio de ponteiros teve de parar para um “splash and go” e, na volta, Tony era o nono colocado.

Se na pista Tony Kanaan era um dos candidatos certos à vitória, na guerra de estratégias, a equipe KV Racing ainda tem muito que aprender, já que ante as escolhas da equipe comandada pelo ex-piloto Jimmy Vasser o brasileiro acabou ficando com a quarta posição final da prova. Um bom resultado final, mas aquém do que apresentou na pista o piloto brasileiro.

Tri-campeão da 500 Milhas de Indianápolis, Helio Castroneves não teve em momento algum desta edição um carro à sua altura e amargou andar o tempo todo em posições intermediarias. Para completar o calvário do ribeirão-pretano, seu companheiro de Penske, Ryan Briscoe e o norte americano Towsend Bell “se acharam” e foram enroscados para o muro da saída da Curva 4. Helinho acabou passando em cima de detritos dos carros e indo parar nos boxes com apenas três rodas, já que o pneu traseiro direito furado simplesmente “desapareceu” da roda de seu carro. Chegou na 17ª colocação, duas atrás de Vitor Meira, que também não contou com um bom carro na prova, mas com seu “patrão” meio milhão de dólares mais rico após tirar do grid o brasileiro Bruno Junqueira para “ajudar” a equipe comandada por Michael Andretti (saiba tudo sobre isso clicando aqui).

Bia Figueiredo também penou com seu carro, muito “solto” e completamente desequilibrado. Não deu para fazer melhor que completar em 21º.

Confira o resultado da 500 Milhas de Indianápolis:

1.- Dan Wheldon (ING) - Bryan Herta with Curb/Agajanian, com 200 voltas em 2h56m11s726
2.- J.R. Hildebrand (EUA) Panther, +2s108
3.- Graham Rahal (EUA) Ganassi, +5s549
4.- Tony Kanaan (BRA) KV Lotus, +7s487
5.- Oriol Servià (ESP) Newman/Haas, +9s543
6.- Scott Dixon (NZL) Ganassi, +9s543
7.- Bertrand Baguette (BEL) Rahal Letterman Lanigan, +23s963
8.- Tomas Scheckter (AFS) KV/SH, +24s329
9.- Marco Andretti (EUA) Andretti, +25s471
10.- Danica Patrick (EUA) Andretti, +26s448
11.- Ed Carpenter (EUA) Fisher, +27s037
12.- Dario Franchitti (ESC) Ganassi, +56s416
13.- Charlie Kimball (EUA) Ganassi, +1 volta
14.- Will Power (AUS) Penske, +1 volta
15.- Vitor Meira (BRA) Foyt, +1 volta
16.- Justin Wilson (ING) - Dreyer & Reinbold, +1 volta
17.- Helio Castroneves (BRA) - Penske +1 volta
18.- Buddy Rice (EUA) - Panther +2 voltas
19.- Alex Lloyd (ING) - Dale Coyne +2 voltas
20.- Pippa Mann (ING) - Conquest +2 voltas
21.- Bia Figueiredo (BRA) - Dreyer & Reinbold +3 voltas
22.- John Andretti (EUA) - Andretti/Petty +3 voltas
23.- Ryan Hunter-Reay (EUA) - Foyt +3 voltas
24.- Davey Hamilton (EUA) - Dreyer & Reinbold +7 voltas
25.- Paul Tracy (CAN) - Dreyer & Reinbold +25 voltas

Não completaram a prova:

26.- Townsend Bell (EUA) - Sam Schmidt, com 157 voltas - acidente
27.- Ryan Briscoe (AUS) – Penske, 157 voltas - acidente
28.- Alex Tagliani (CAN) - Sam Schmidt, 147 voltas - acidente
29.- James Hinchcliffe (CAN) - Newman/Haas, 99 voltas - acidente
30.- Jay Howard (ING) - Sam Schmidt/RLL, 60 voltas - acidente
31.- Simona De Silvestro (SUI) – HVM, 44 voltas
32.- Ernesto Viso (VEN) - KV Lotus, 27 voltas - acidente
33.- Takuma Sato (JAP) - KV Lotus, 20 voltas - acidente

Quem liderou a prova:

1 à 7 - Scott Dixon Scott Dixon
8 à  26 - Alex Tagliani
27 à 33 - Scott Dixon
34 – Alex Tagliani
35 à 60 - Scott Dixon
61 - Dario Franchitti
62 à 64 - Ed Carpenter
65 à 72 - Dario Franchitti
73 à 98 - Scott Dixon
99 - Dario Franchitti
100 à 103 J.R. Hildebrand
104 à 112 - Dario Franchitti
113 à 128 - Oriol Servia
129 à 137 - Dario Franchitti
138 – J.R. Hildebrand
139 à 140 - Bertrand Baguette
141 à 163 - Dario Franchitti
164 à 165 - Oriol Servia
166 à 171 - Graham Rahal
172 à 178 - Scott Dixon
179 à 188 - Danica Patrick
189 à 197 - Bertrand Baguette
198 à 199 – J.R. Hildebrand
200 98 Dan Wheldon

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Última atualização ( Seg, 30 de Maio de 2011 01:04 )  

Adicionar comentário

Todos os Comentários enviados estão sujeitos a aprovação pelos administradores do site Planet Car para a sua publicação.
O Planet Car reserva-se ao direito de modificar ou excluir quaisquer trechos que eventualmente possam ferir a ética e os bons costumes , assim como denegrir a imagem de terceiros.
Os comentários publicados não necessariamente refletem os ideais do Planet Car , e são de responsabilidade única e exclusiva de seus autores.
Para ter seu AVATAR exibido , inscreva-se no serviço www.gravatar.com (é gratuito)


Código de segurança
Atualizar