( 2 Votos )
A Fórmula Futuro é, por conceito, uma categoria escola para pilotos vindos do kartismo. Como o objetivo da categoria é ensinar os garotos a pilotar e entender o funcionamento de um carro de fórmula, algumas medidas foram tomadas durante a idealização do certame.
A primeira delas foi trazer um conjunto de força menos potente que a Fórmula 3 - essa era a única categoria de fórmula no Brasil até 2009 -, para que a Futuro sirva mesmo como porta de entrada para o automobilismo. O carro da Futuro tem cerca de 150cv, enquanto o F-3 tem 270cv.
Outra decisão da organização foi no sentido de equalizar os carros. Apenas uma empresa, a JL, da família Giaffone, faz toda a manutenção e assistência de pista aos participantes. Os pilotos são divididos em três grupos, cada qual com um preparador responsável e diversos mecânicos à disposição. Em 2011, além do preparador Miguel Ferreira, que já fazia parte do staff da JL, foram contratados os experientes Eduardo Bassani e Luiz Alberto Trinci, o Dragão.
Por fim, os organizadores resolveram permitir maiores ajustes nos carros da categoria. Em 2010 era permitido apenas ajustes na calibragem de pneus, inclinação da asa traseira e altura do carro em relação ao solo. Neste ano, além disso, será permitido alterar itens como alinhamento, cambagem e dureza da barra estabilizadora dianteira.
Entre os novos ajustes, apenas o endurecimento da barra estabilizadora ainda não está disponível nessa etapa, segundo Felipe Giaffone, um dos responsáveis pela JL. "Pode-se endurecer a barra apertando as porcas laterais ou mudando a posição das arruelas. Essas arruelas têm um espaçamento que permite que elas "trabalhem" e deixem o carro mais mole. Quando a posição é invertida, elas perdem essa propriedade e o carro fica mais duro." explicou Giaffone.
O interessante disso tudo é que as "equipes" trabalharão em um sistema chamado de "livro aberto", ou seja, todas as informações do setup utilizado nos carros deverão ficar disponíveis a todos ao final dos treinos e corridas. "Toda a informação vai para a rede e fica imediatamente disponível. Cabe aos preparadores e pilotos coonversarem e definirem se utilizam aquele acerto ou não." disse Giaffone.